quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Jornalismo é a prática da teorização

Enquanto escolhia as cadeiras que vou cursar no próximo semestre percebi como o curso de Jornalismo poderia ser mais enxuto. Não partilho da opinião de que é desnecessário diploma para ser jornalista, apenas acho que as universidades poderiam elaborar currículos mais centrados na prática exigida pelo mercado da comunicação.

Todo estudante de jornalismo pode se considerar realmente um profissional da área apenas quando consegue um estágio ou emprego. Até então, o conteúdo apresentando na universidade por professores não passa de teoria bruta, pronta para ser lapidada. A faculdade não me ensinou a abordar um entrevistado, retirando dele a resposta que eu precisava. Também não me mostrou como conseguir a divulgação em jornais de um evento que eu estava assessorando. Ela apenas me apresentou técnicas para escrever matérias, mas não como conseguir a informação.

Voltando a observação do currículo. Existem nele cadeiras de arte do século XI, marketing e cultura. Não vejo utilidade nesses conteúdos para minha carreira. Todo jornalista adquire conhecimento ao investigar um fato, algo imposto naturalmente. Essas disciplinas secundárias apenas despistam o objetivo prioritário, que é a formação de profissionais enquadrados na geração futura de comunicadores.

Uma solução seria criar cursos técnicos de Jornalismo, centrando o currículo em práticas de redação em rádio, televisão, internet, que são essenciais e indispensáveis para a formação de um profissional qualificado. É importante apresentar noções de ética nessa universidade do futuro, mesmo que eu discorde em parte da necessidade de teorizar tais conceitos. O profissional mostra-se correto apenas em suas ações profissionais do cotidiano, havendo uma adaptação para sua moral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário