quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Jornalismo? Que Jornalismo?

Todo pai e mãe sonham em ver seu filho escolhendo uma carreira que renda frutos (traduzindo: dinheiro), seja em dinheiro ou satisfação. Medicina, Direito, Administração e Econômia são as áreas ilusoriamente garantia de riqueza. Tola ilusão.

Lembro da reação de meus parentes quando eu decidi cursar Jornalismo, especialmente por parte daqueles formados na mesma área. Mas essa é uma paixão antiga. Desde a minha infância o rádio e a televisão foram, ao mesmo tempo, fontes de conhecimento e um santuário. Todos ficavam espantados quando eu dizia que preferia o rádio AM. Afina, o que levava um guri de 10 anos a ouvir emissoras de notícia? Era um claro sinal que eu deveria adotar o Jornalismo.

Chegando na universidade me deparei com o verdadeiro Jornalismo. Aprendi que todo profissional da área deve ser isento na investigação de uma informação. Descordo dessa teoria, já que temos de nos posicionar na diferenciar uma fonte confiável ou não. Além disso,somos reféns de uma rotina infinita. Não temos vida social, só profissional. Experimente reuniur um grupo de jornalistas em um happy hour para ver se o assunto principal não vai ser Jornalismo. Mas é claro que os bastidores terão destaque especial.

Também percebo que precisamos estar informados com o que acontece da Groelândia ao Tongo. Mesmo durante as raras folgas instintivamente buscamos um compiutador, televisão ou rádio para nos atualizarmos. É dever.

Outro sintoma que você adquiriu o vírus chamado Jornalismo é que nunca mais se acompanha um meio de comunicação como um simples espectador. Se você assiste um programa de televisão vai observar o enquadramento do cinegrafista e o stand up do repórter. No rádio, analisamos o tom de locução do apresentador. É mais um sinal da doença "Jornalistite Aguda".

Por incrível que pareça, gosto dessa loucura. É muito bom escrever uma matéria, editar uma sonora ou gravar um off. Mesmo sabendo que o meu futuro vai ser celebrar o falecimento da minha carteira de dinheiro, com a missa de 7º dia devidamente ministrada pelo gerente do banco, o manicômbio (mais conhecido como Jornalismo) é um dádiva. Viva as redações lotadas! Viva a correria do fechamento de um jornal! O futuro é trabalhoso, mas satisfatório.

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