sábado, 20 de novembro de 2010

Dinheiro no bolso não é sinônimo de motorista qualificado

No dia da Proclamação da República, feriado que registrou centenas de mortes em todo Brasil pela carnificina do trânsito, um comentário causou polêmica. Luiz Carlos Prates, da RBS TV Santa Catarina, deu uma idédita justificativa pelas mortes nas estradas brtasileiras:

- Hoje, qualquer miserável tem um carro. O sujeito nunca leu um livro, mora apertado numa gaiola que chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro na garagem. Resultado desse governo espúrio que popularizou, pelo crédito, o carro para quem nunca tinha lido um livro.


Preconceito é a palavra certa para caracterizar esse pensamento, já que a ignorância e a irresponsabilidade de motoristas indepedende de classe social. O que diferencia o condutor verdadeiramente habilitahdo ou não para dirigir um veículo é a educação recebida ao longo da vida e, tecnicamente falando, dos centros de condutores. A classe baixa brasileira, segundo o IBGE, abrange hoje 34,2% da população total tupiniquim. São anônimos que estruturam o território nacional para o desenvolvimento econômico para que a classe alta acumule lucros para o PIB nacional. O cenário acima comprova que comentários de Prates da vida resultam de um pensamento retrógrado.

Leitura de livros nem sempre ensinam como dirigir defensivamente, pois "Manuéis Antônios de Almeidas" da vida não reproduzem em seus escritos a íntegra do Código Nacional de Trânsito. Esse tipo de cultura é fundamental, mas deve estar ligada a conceitos de cidadania, aprendizado esse que é abdicado nos currículos escolares.

O preconceito social é um fantasma que nem os Ghostbusters conseguiriam acabar. Educação não está ligada ao peso da carteira e da conta bancária, mas sim a um pensamento de igualdade de direitos para cidadãos brasileiros.

Um comentário:

  1. Nossa Rodrigo que baita texto! Não vi este comentário (de fato infeliz) do Prates.... faço do teu desabafo o meu! Parabéns...

    Beijos!

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