sábado, 22 de janeiro de 2011

Ensino interpessoal

Leio no Portal R7 que “o número de cursos a distância oferecidos no Brasil cresceu quase 20 vezes entre 2002 e 2009, saltando de 46 graduações abertas para 844 no mesmo intervalo. Em porcentagem, o 'boom' representa 1.834% de crescimento em sete anos”. Penso que a única explicação para o fato é o tempo cada vez mais exíguo para ser dedicado ao estudo.

Tenho certa descrença em relação a essa modalidade de estudo. Nada substitui o relacionamento direto professor-aluno, através da confiança e cobrança. Transportar o ensino presencial para formação a distância é mais um sinal da mecanização do relacionamento humano.

Direcionar-se ao centro de ensino, mantendo contato presencial com colegas e professores tornam o ensino muito mais humano. Essa rotina pressupõe uma dedicação integral por parte do estudante, mas já o treina para o relacionamento interpessoal no mercado de trabalho.

Outra preocupação é o nível das instituições que oferecem tal modalidade de ensino. Esse relacionamento distante acaba por não possibilitar que o aluno conheça por completo os recursos oferecidos pelo centro universitário, gerando uma formação não suficiente para inserção qualificada no mercado de trabalho. Para solucionar esse problema basta uma cota de sacrifício do aluno para assistir as aulas pessoalmente, fato esse aliado a uma bolsa de preparo e conhecimento por parte das instituições de ensino e seus professores.

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