quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Animais racionais e humano irracionais

A imagem de uma mulher tentando se salvar junto com seu cão durante as enchentes em São José do Vale do Rio Preto, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (12), é comovente. Mostra que ainda existem seres humanos preocupados em salvar a vida de animais mesmo em meio a tragédias, mesmo que essa atitude coloque em risco sua própria vida.

Como seria bom se outras pessoas guiassem suas relações com os animais pela compaixão dessa mulher. Mas, como diz Dinho Ouro Preto: “Essa mundo perfeito nunca vai existir”. Estamos cercados por sujeitos abomináveis, ditos humanos, que maltratam animais das mais variadas formas: supressão de alimentos, agressão física e abandono.

Este último é punível pelo artigo 32 da Lei 9.605/98 do Código Civil brasileiro. A infração configura ato que priva o acesso do animal à alimentação e demais cuidados. O crime torna-se mais grave quando a pessoa abandona o cão que está sob seus cuidados, deixando o animal incapaz de defender-se dos riscos. O ato é configurado na mobilidade abusiva contida no mesmo artigo.

A prática, no entanto, é bem diferente. No Brasil, a fiscalização é insuficiente para punir os ditos seres humano que maltratam animais. O artigo citado acima serve apenas como desvio de atenção da punição necessária: a prisão. Qual a razão para distinguir uma agressão praticada contra uma pessoa para uma realizada em animais. As feridas são as mesmas.

Afirmar que os animais são os melhores amigos do homem é uma das maiores verdades entre os seres racionais. Cães, gatos e afins definem seus donos através do cheiro. O carinho dedicado pelos quadrúpedes não acontecem com o objetivo de receber algo em troca.

Ao contrário do ser humano, os animais objetivam como única recompensa o recebimento de atenção. A recíproca, no entanto, nem sempre é verdadeira. Muitas indivíduos consideram seus cães e gatos não como companheiros, mas sim estorvos necessários apenas para manter a segurança da residência.

Indigna-me esse destrato pois um animal de estimação vive em minha casa: uma coelha. O carinho dedicado por ela a toda minha família é comovente. Através do olhar, ela expressa sua gratificação pelo carinho que recebe de todos, além comunicar pela expressão o momento que deseja alimento ou um simples “cafuné”. O dia que todo ser humano descobrir o real papel deste ser dito irracional, atos de desprezo serão substituídos por simples e fundamentais segundos de atenção.

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